Como já é tradição no mês de junho, a Escola de Belas Artes da UFBA (EBA) realiza a Trezena de Santo Antônio, com o ritual da reza cantada entre os dias 1º e 13 – às 19 horas, durante a semana, e às 18 horas nos finais de semana. A 22ª edição do evento, que também celebra os 140 anos da EBA, inclui a exposição de altares confeccionados por estudantes, professores e artistas de todo o Estado.
A noite de abertura do evento no casarão da EBA será uma homenagem à Reitoria da UFBA e terá como patronos o reitor João Carlos Salles, o vice-reitor Paulo César Miguez e toda equipe de trabalho. A diretora da Escola, Nanci Santos Novais, responsável pela coordenação do evento, convida a comunidade para um momento de confraternização, orações e música.
Criado em 1997, o projeto “Antônio! Tempo, Amor & Tradição” alia arte, tradições culturais e religiosas da Bahia, com objetivo de valorizar a identidade do povo baiano e resgatar as manifestações para Santo Antônio, o mais popular do país, considerado milagroso e casamenteiro, com quem a pessoas têm muita intimidade, é o que observa Nanci Novais.
“O projeto nasceu da necessidade de fortalecer manifestações culturais do interior e fazer com que aconteçam também em Salvador. Já no primeiro ano reunimos 3 mil pessoas”, afirma a diretora da EBA, que ressalta a envolvimento da comunidade, sobretudo do bairro do Canela, que sempre participa da tradição. “Abrimos as portas do casarão da Escola e reunimos muitas famílias que nos procuram para participar do evento todos os anos”.
As exposições do projeto já ocuparam diversos espaços em Salvador e em outros países. Na cidade, o projeto foi apresentado no Museu Carlos Costa Pinto, no Centro de Memória e Cultura dos Correios, no Museu Náutico da Bahia e no Palácio da Aclamação. Também foi montado em espaços internacionais como o Parque das Nações, em Lisboa, Portugal, e o Palácio de Los Borja, em Valência, Espanha.
A devoção a Santo Antônio e o louvor nos treze dias que antecedem à sua festa é uma tradição muito antiga, que teve origem em Bolonha, na Itália, no ano de 1617. A graça alcançada por uma senhora que recorreu ao santo se espalhou e muitas pessoas necessitadas seguiram seu exemplo, rezando diante da imagem de Santo Antônio. As graças e milagres se multiplicaram, assim como a devoção dos fiéis.