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Bibliotecas acompanham expansão do ensino a distância na UFBA

Núcleo SIBI-Ead foi criado para atender a nova demanda

Diante do intenso processo de expansão e institucionalização da educação a distância, experimentado no último ano, pela Universidade Federal da Bahia, o Sistema Universitário de Bibliotecas (SIBI) criou um projeto com ações de atendimento e acessibilidade para os alunos da EaD.  O crescimento dos cursos EaD trouxe um grande desafio para as bibliotecas universitárias que precisam se adequar ao novo modelo de educação não-presencial.

Para atender à demanda, foi criado o Núcleo SIBI-Ead que tem como objetivo principal pensar essas estratégias para ajudar os novos alunos, além de apoiar a produção de materiais didáticos institucionais da EaD, o desenvolvimento de coleções e colaborar no processo de seleção e aquisição de livros.  De acordo com a chefe do núcleo SIBI, Maria da Graça Almeida, as ações do projeto são de grande importância a fim de atender às necessidades dos novos alunos que utilizam, basicamente, as novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como ferramenta básica para a educação. Segundo ela, “os alunos já contam com a biblioteca no polo com alguns livros da bibliografia base e complementar, por exigência do MEC e estamos nos empenhando também em conseguir os livros digitais que na educação a distância são fundamentais”, diz ela.

Entre as ações propostas pelo projeto está a criação de um ambiente virtual para o SIBI na plataforma Moodle e a elaboração de um plano de capacitação através de cursos por videoconferência para habilitá-los a usar o portal Capes e ensinar a normatização de trabalhos acadêmicos. O propósito é dar aos alunos da EaD os mesmos serviços oferecidos aos alunos da graduação e pós-graduação presencial. “É fundamental a biblioteca universitária dar um atendimento personalizado ao estudante. Vamos atender esses alunos por meio de um fórum de perguntas e respostas no ambiente virtual, onde o aluno pode tirar dúvidas. Qualquer necessidade de informação que ele tenha, pode se comunicar conosco por meio da plataforma”, ressalta Graça.

Pensando ainda em um ambiente mais democrático, as propostas visam atuações para melhorar a questão da acessibilidade nas bibliotecas. Isso inclui, além de tentar uma melhoria na infraestrutura para dar suporte a alunos com necessidades especiais, também planos para inserir material didático acessível. No projeto, há ideias para adquirir livros eletrônicos, áudio livros e a criação de grupos de leitura para pessoas com deficiência visual. “Queremos dar esse acolhimento aos alunos, ao tornar as bibliotecas mais acessíveis”, diz Lídia Brandão, superintendente do SIBI-UFBA. A previsão é que todas essas ações sejam implementadas ao decorrer de 4 anos.

 

Biblioteca Virtual

Outra meta citada por Lídia Brandão, é a implementação da biblioteca virtual, que segundo ela, traria uma integração para os alunos EaD, pois teriam acesso a exatamente ao mesmo conteúdo de uma biblioteca sem sair de casa. “Ainda tem as novas tecnologias, o livro em 3D, que tem até alto relevo. É um acesso diferente. Isso é muito importante, principalmente para o pessoal que precisa, de alguma forma, de um acesso mais direcionado com a obra”, explica Lídia.

A ideia é colocar esse projeto em prática inicialmente com a Biblioteca Universitária Reitor Macêdo Costa, mas a Superintendente afirma que um trabalho como esse demanda muito recurso e deve ser pensado a longo prazo.