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Sustentabilidade, rendimento agrícola e conservação ambiental em destaque no IBUFBA

Estudo sobre o tema foi publicado na Revista Science

Constatações sobre a possibilidade de conciliar agricultura com conservação da biodiversidade estarão em destaque durante a palestra “Avaliação do desempenho socioeconômico para a agricultura sustentável”, que o Professor da Faculdade do Rio Negro/Argentina e Visitante (PVE/CNPq) no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento do Instituto de Biologia da UFBA, Lucas Garibaldi, profere, a partir das 14h desta terça-feira (26/01).  O evento integra as atividades do Seminários Novos e Velhos Saberes, tem entrada franca e acontecerá no Salão Nobre do Instituto de Biologia da UFBA, em Ondina. 

O tema, que é objeto de análise de um grupo de pesquisadores liderados pelo professor Garibaldi, teve estudo publicado na Revista Science, da última sexta-feira (22/01,) mostrando que é possível conciliar produção de alimentos com conservação da biodiversidade e que essa relação pode resultar em aumento da produtividade agrícola.  A professora Blandina Felipe Viana e equipe do Instituto de Biologia da UFBA também participam da equipe e são responsáveis pelas pesquisas na cultura da maçã.  Segundo ela, “o estudo constata que é possível conciliar agricultura com conservação da biodiversidade e ter como resultado o aumento da produtividade agrícola.  Além disso, a pesquisa abre uma janela de oportunidade de mudança para o novo paradigma da sustentabilidade, por meio da intensificação ecológica da agricultura”.  

A pesquisa

Sob a liderança do professor Lucas Garibaldi, durante cinco anos (2010-2014), especialistas de 18 países, incluindo o Brasil, identificaram uma mesma dinâmica em todas as nações que foram estudadas: o rendimento agrícola cresce à medida que a densidade de polinizadores aumenta. Os pesquisadores monitoraram 334 propriedades pequenas e grandes de doze países da África, Ásia e América do Sul e observaram o número de agentes polinizadores, a biodiversidade e o rendimento de 33 cultivos (maçã, pepino, caju, café, feijão, algodão e canola, entre outros). A pesquisa é financiada pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).