Além das mais de 2 mil apresentações de trabalhos, intervenções artísticas dão o tom cultural da programação do Congresso que celebra os 70 anos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre os dias 15 e 17 de julho. No primeiro dia do evento, a Praça das Artes, localizada no campus Ondina, recebeu as performances do grupo percussivo Catuca Hit, microtrio Família Colorida, coro do grupo Caetanufba, e grupo flautista Brasil Onírico, entre outras.
O primeiro a se apresentar foi o grupo de percussão Catuca Hit, que surgiu há 15 anos de um projeto de extensão da Escola de Música (EMUS) e tem em seu repertório o baião do estado de Alagoas, além do samba de roda da Bahia. O que chama atenção no grupo são os tambores feitos de baldes grandes e cones, além da vestimenta, usando materiais reciclados, todos remetendo à construção civil. Carla Fabianny, idealizadora do projeto e tecladista, diz que a ideia surgiu de um trabalho de pesquisa e que o objetivo é construir uma harmonia entre corpo e percussão, usando instrumentos de fácil acesso. “Chamamos de ‘corpo mídia’ a junção entre o som e o corpo, sempre na mesma pulsação”, explica.
O grupo Brasil Onírico composto majoritariamente por flautistas, apresentou um repertório composto por canções consagradas e de peças autorais que passam pelo samba de raiz, forró, maracatu, frevo e chorinho, explorando diversas influências regionais e nacionais, no palco principal montado na Praça das Artes. Em seguida, apresentou-se o grupo CaetanUFBA, inspirado no cantor e compositor Caetano Veloso.
O projeto de extensão, que surgiu em 2012 com o objetivo de homenagear os 70 anos de Caetano e compreender a importância da sua extensa obra, interpreta as canções do artista, e é composto por um coral com quase 20 alunos do Bacharelado Interdisciplinar. O maestro Carlinhos Bernas, idealizador do projeto, conta que a proposta surgiu por causa da identificação que sente com o cantor. A banda apresentou quatro composições do artista: “Linha do Equador”, “Cajuína”, “Muito Romântico” e “You don’t know me”.
A filarmônica Lira Cachoeirana percorreu toda a Praça das Artes executando o seu repertório de dobrados. Em seguida, o microtrio Família Colorida também circulou a praça, acompanhado por animados “foliões”. Um adesivo com a frase “Fora Temer”, no assento do baterista, sinalizava o repertório do grupo, que incluia músicas como “Lute” do cantor Edson Gomes, “Caminhando”, de Geraldo Vandré e “Sal da Terra” do compositor Beto Guedes.
As intervenções acontecem sempre de 17h às 18h30 na Praça das Artes, no salão nobre da Escola de Belas Artes, no auditório da Escola de Música, no teatro da Escola de Dança e no pavilhão de aulas Glauber Rocha.
