A UFBA lamenta a morte da sambadora e ceramista Ricardina Pereira da Silva, conhecida como Dona Cadu. Ela vivia em Coqueiros, distrito da cidade de Maragogipe, no Recôncavo da Bahia e morreu na madrugada desta terça feira, 21 de maio, aos 104 anos.
Dona Cadu recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFBA em 2021, um reconhecimento a mais antiga ceramista em atividade no Brasil. Ela fazia panelas, pratos e outros utensílios artesanais com barro. Também foi uma líder comunitária, guardiã de saberes ancestrais, uma importante memória de confluências afro-indígenas e sambadeira.
Na ocasião, o documento de solicitação de outorga do título de Doutora Honoris Causa a ceramista foi justificada por Dona Cadu representar “claramente a figura de mestre de saberes populares, fiel a seus conhecimentos técnicos, gestos e dizeres tradicionais, trabalhando como louceira desde criança, na Vila de Coqueiros, recôncavo baiano. Como todos os mestres, ela é reconhecida por sua integridade, sua condição de liderança, sua popularidade, e, obviamente, pela constância e fidelidade na reprodução de objetos cerâmicos de uso alimentar”.
Enlutada, a UFBA se solidariza aos familiares, amigos, colegas e comunidade acadêmica e do recôncavo.
