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Congresso da UFBA discutirá os novos Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia

Pesquisas de ponta e de grande relevância social

A mesa temática “Os novos INCTs baianos – perspectivas de desenvolvimento”, coordenada pelo Pró-Reitor de Pesquisa, Criação e Inovação da UFBA, professor Olival Freire Junior, será uma oportunidade para a comunidade conhecer, durante o Congresso da UFBA, os objetivos e o impacto potencial dos resultados das pesquisas propostas por cada um desses oito institutos. Eles serão apresentados por seus coordenadores durante o evento que marca as comemorações dos 70 anos da Universidade, de 14 a 17 de junho em quase 100 salas dos campi da instituição em Salvador.

Os institutos baianos integram a lista dos 252 INCTs a serem apoiados pelo governo federal e fundações estaduais de amparo à pesquisa, anunciada no mês passado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Eles articulam pesquisadores de universidades de todo o país e de instituições internacionais de pesquisa, visando ao desenvolvimento de estudos estratégicos e inovações nas áreas da saúde, meio-ambiente, comunicação, tecnologia e recursos naturais. Todos as propostas de INCTs foram avaliados por um comitê internacional de alto nível.

Além de apresentar os recém-criados INCTs, a mesa temática pretende também discutir maneiras de a administração central da UFBA e os institutos construírem uma rede de sinergias que permitam o fortalecimento e a expansão da pesquisa científica na Bahia, com sua decisiva inserção na vida cotidiana da universidade. É nesse sentido que está em andamento o projeto da Reitoria de criação de um Centro de Estudos Avançados.

Participarão da mesa os professores da UFBA Charbel Niño El-Hani, do Instituto de Biologia, coordenador do INCT em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução; Milton José Porsani, do Instituto de Geociências, coordenador do INCT em Geofísica de Petróleo; Edgar Marcelino de Carvalho, Medicina, coordenador do INCT em Doenças Tropicais;  Jailson Bittencourt de Andrade, do Instituto de Química, coordenador do INCT em Energia e Meio Ambiente; Wilson da Silva Gomes e Othon Jambeiro, da Faculdade de Comunicação, coordenadores do INCT de Democracia Digital; José Maria Landim Dominguez, do Instituto de Geociências, coordenador do INCT em Meio Ambiente Marinho Tropical; Carlos Alberto Brites Alves, da Faculdade de Medicina, coordenador do INCT CoBRA-Coorte Brasileira em HIV-AIDS e Naomar Monteiro de Almeida Filho, do Instituto de Saúde Coletiva, coordenador do INCT em Inovação, Tecnologia e Equidade em Saúde.

 

Relevância cientifica e social 

Pesquisas de ponta e de grande relevância social serão desenvolvidas com a contribuição de algumas das instituições de ensino mais importantes do mundo. “A criação dos novos institutos demonstra a qualidade da pesquisa que é realizada na UFBA, envolvendo temas sobre os quais a instituição se qualificou para dar a sua contribuição e produzir conhecimento com competitividade internacional”, ressalta o Pró-reitor Olival Freire Júnior.

Alguns desses institutos nasceram a partir do trabalho que já vem sendo realizado na universidade há muitos anos, desenvolvendo-se a partir de programas de pós-graduação e grupos de pesquisa, o que, na concepção do Pró-reitor, atesta a necessidade de investimentos contínuos na pesquisa. Os INCTs baianos serão cofinanciados pelas agências federais ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações, ou seja, o CNPq e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ao Ministério da Educação, isto é, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), além da fundação estadual de amparo à pesquisa, FAPESB, que já se comprometeu com o aporte de R$20 milhões para apoiar os institutos.

Há, ainda, a expectativa de parceria com empresas privadas, essenciais para a viabilização de inovações, como o desenvolvimento de kits para a detecção de determinadas doenças, por exemplo. “No Brasil, o investimento em pesquisa é predominantemente público, ao contrário de outros países do mundo em que o investimento do setor privado se equipara ou até mesmo supera o financiamento público. Há alguns casos de empresas que fazem esse investimento, mas ainda é preciso evoluir muito nesse sentido no nosso país”, observa Olival Freire Júnior.