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Comunidade acadêmica deseja reavaliação do espaço físico dos campi

Maquete ajuda a compreender os espaços da UFBA

Diante das novas demandas por espaços que atendam à atual configuração da “arquitetura acadêmica”, é necessário que o planejamento do espaço físico dos campi da UFBA seja reavaliado.  Tal entendimento firmou-se como consenso nas discussões realizadas no “Fórum PDDU da UFBA: os impactos das políticas no espaço físico”, na manhã desta sexta-feira (15/07), no salão nobre da Reitoria da UFBA, integrando as atividades do Congresso da UFBA.

Diante de questões como a ausência de um plano diretor, estudos desatualizados, falta de interação entre espaço físico e planejamento acadêmico, desconforto nos deslocamentos, pouca oferta de áreas aprazíveis para convivência (A Praça das Artes do Campus de Ondina, uma exceção, é um exemplo a ser seguido) e incômodos para a realização de pesquisas e atividades dos cursos de pós-graduação,  os membros da comunidade acadêmica – representando estudantes, professores e técnicos-administrativos – que estiveram no evento, demonstraram o anseio por uma atualização do plano de ocupação e gestão das áreas da universidade.

De acordo com o superintendente de meio ambiente e infraestrutura (SUMAI/UFBA), Fábio Velame, que coordenou os debates, o Plano Diretor Físico da Universidade não pode ser pensado dissociando as atividades do ensino de graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão, além de também considerar que a UFBA está inserida no contexto peculiar da Região Metropolitana de Salvador.   O professor aposentado da Faculdade de Arquitetura, Heliodoro Sampaio, também destacou que “é imprescindível nunca pensar o espaço físico de forma descolada das funções que ele deve atender, em meio à vida da comunidade universitária”.

O pró-reitor de pesquisa, criação e inovação e de ensino de pós-graduação, Olival Freire, também defendeu a necessidade de um ordenamento do espaço físico, a médio prazo, na UFBA que leve em consideração o incômodo para a realização das atividades de pesquisa e dos cursos de pós-graduação.   De acordo com Olival, não há superposição das ações realizadas no espaço físico para atender às demandas da pesquisa e a pós-graduação.  Ele citou as condições precárias e arriscadas de vários laboratórios de pesquisa, principalmente no Instituto de Ciências da Saúde (ICS), que estão com problemas na rede elétrica e podem ocasionar incêndios, perda de equipamentos e acidentes com as pessoas.

Em meio às dificuldades de ampliação no atual espaço físico da Universidade, o pró-reitor de ensino de graduação, Penildon Filho, sinalizou a intenção da UFBA em avançar para além dos atuais territórios e fundar novos campi em áreas como Comércio, Subúrbio, Cajazeiras e Itaparica.  Segundo Penildon, a Universidade democrática não pode ficar concentrada na área central da cidade de Salvador, por isso, é preciso avançar, finalizou.

A Pró-Reitoria de Administração também revelou idéias para melhorar as condições da creche, das residências estudantis, do Restaurante Universitário e das áreas comuns de convivência. Entretanto, é preciso que haja uma definição no plano diretor para um uso coerente do espaço.

Sugestões para solucionar velhos problemas nos campi

De acordo com o professor Heliodoro Sampaio que, há 11 anos, realizou um estudo de análise da ocupação dos campi e elaborou um relatório contendo soluções, poderiam ser viáveis as seguintes ações: construção de platôs, passagens elevadas ligando as partes baixas e altas dos campi a fim de melhorar o desconforto de subir e descer ladeiras e escadarias;  interligações internas entre as várias unidades, inclusive com um plano inclinado Federação-Ondina para melhora a segurança entre os passantes que precisam usar a rua para ir de uma unidade a outra;  pavimentação de rampas e ciclovias com o objetivo de estimular o deslocamento a pé ou bicicleta nas áreas internas da UFBA.

As discussões em torno do Plano Diretor Físico da UFBA, na modalidade de Fórum, prosseguirão pelos dias 16 e 17 de julho de 2016, como parte integrante da programação do Congresso UFBA 70 anos.