A intensificação do combate ao mosquito Aedes aegypti (vetor do vírus da dengue, da febre Chikungunya e do Zika vírus), no Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, com diversas ações realizadas pela Coordenação de Meio Ambiente (CMA/SUMAI/UFBA), levou à retirada da área da lista de zonas com maior índice de infestação, na cidade de Salvador, segundo classificação do Centro Municipal de Combate à Zoonozes (CCZ). Entre as medidas de combate colocadas em prática no campus estão: elaboração de material publicitário educativo com orientações para a comunidade universitária, mutirões de limpeza em vários espaços do campus, aplicação de inseticida (fumacê) e outras ações conjuntas com o CCZ.
Nos últimos anos (2013 e 2014), o Programa Municipal de Controle da Dengue classificou o Campus de Ondina da UFBA como Ponto Estratégico (PE) para o serviço de controle vetorial e realizou intervenções com periodicidade quinzenal, por meio de vistorias realizadas pelos Agentes de Combate a Endemias do CCZ, acompanhadas pelos técnicos da CMA/UFBA. As atividades contribuíram para a redução dos índices de infestação da área, pois contiveram a dispersão ativa e passiva do vetor para áreas não infestadas, além de prevenir a ocorrência de casos e surtos epidêmicos de dengue e bloquear sua amplificação a outros territórios, informa a bióloga Cíntia Brito de Souza Galheigo da CMA/UFBA.
A CMA atuou ativamente na orientação à comunidade acadêmica e empresas terceirizadas com a adoção de medidas preventivas, contribuindo para uma contínua diminuição da infestação no campus. Diante do levantamento realizado pelo CCZ em 2014, mostrando que o Bairro de Ondina – onde o campus está localizado – apresentava um alto índice de infestação do Mosquito da Dengue (com um IIP - Índice de Infestação Predial igual a 4%), indicando risco de surto de dengue, a Coordenação do Meio Ambiente fortaleceu a campanha contra o Mosquito da Dengue.
Em parceria com o Grupo de Mobilização Social do CCZ, aconteceram várias palestras voltadas para os colaboradores das empresas terceirizadas que prestam serviços à UFBA, principalmente as que atuam na conservação das áreas verdes. Nos eventos, foram abordados os sintomas da Dengue, o ciclo biológico do Aedes aegypti e as medidas preventivas voltadas para o controle do mosquito na área do campus. Além disso, foram produzidos e distribuídos materiais como folderes, cartazes, camisas e, banneres com a finalidade de orientar e combater o problema da infestação pelo inseto.
Orientações
Em ofício enviado às unidades da Universidade, a CMA chama atenção para a eliminação da água acumulada em recipientes, a fim de manter o ambiente do entorno dos prédios sempre limpo e descartar todos resíduos em locais adequados. Com relação às áreas de matas, esse controle é mais complexo, pois se torna inviável a erradicação dos pontos naturais de acúmulo de água (plantas) e não é recomendável o uso indiscriminado de inseticidas, porque impactam o meio ambiente, causando mortes dos insetos polinizadores, tais como abelhas, vespas e borboletas, além dos predadores naturais que exercem a função de controladores das populações de mosquitos.
Dessa forma, onde a proliferação de mosquitos é inevitável nesse período de chuvas, recomenda-se que a população mantenha, sempre que possível, as janelas e portas fechadas, evitando, assim, a entrada dos insetos. O uso de repelentes também é indicado para amenizar o problema, preferencialmente os naturais, como o óleo de citronela.
A Coordenação de Meio Ambiente trabalha com a prevenção: limpeza urbana, coleta de resíduos e vistorias para monitoramento de possíveis criadouros das larvas do mosquito e campanhas educativas e pede a colaboração de toda a comunidade universitária neste sentido.
