Início >> Ufba Em Pauta >> Atividades de extensão são discutidas em Fórum PDDU no Congresso da UFBA

Atividades de extensão são discutidas em Fórum PDDU no Congresso da UFBA

O foco foi políticas de extensão e espaço físico

A  Universidade Federal da Bahia como realizadora de atividades para a comunidade externa foi o principal tema abordado no “Fórum PDDU: Articulações (UFBA) e sociedade”, que ocorreu na tarde do sábado (16/07), durante o Congresso da UFBA, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA. A mesa temática, coordenada pelo Superintendente do Meio Ambiente e Infraestrutura da UFBA, Fábio Velame, contou com a presença da pró-reitora de extensão, Fabiana Dultra, e dos diretores da área de Saúde, Luis Fernando Fernandes, Marcel Lautenschlager Arriaga, Carlos Humberto Almeida e Antônio de Lisboa Ribeiro.

A atividade iniciou com o discurso da pró-reitora Fabiana Dultra, que deu ênfase à importância da distinção entre atividades de extensão e atividades didáticas, diferenciando-se pela finalidade do seu serviço prestado, que pode ser somente direcionado ao público ou como atendimento para o ensino.  A pró-reitora defendeu também o caráter de interação das atividades de extensão, que têm por princípio trabalhar em comunidade, a partir de uma reação dialógica. “Não vou trabalhar com o outro levando para ele a proposta que preparei sozinha no meu escritório, mas sim convidá-lo a construir comigo essa atividade”, exemplificou.

Ela também somou à discussão, as políticas de extensão e espaço físico. “Quando a universidade abre suas portas para a comunidade externa, acontece um fluxo de transição tanto de pessoas quanto de ideias e situações com a cidade que estaria separada da universidade”, justificou. Fabiana Dultra trouxe, ainda, a ideia de 'desfronteiras' da universidade: entre disciplina, entre temporalidades, coisas tradicionais e avançadas e futuras, entre disciplina e áreas, de idades, de informações e de titulações. A  proposta da Pró-reitoria de Extensão é utilizar o princípio de 'desfronteira' como fundamento articulador do processo de construção de uma crítica de extensão.

 

Atividades de extensão nas unidades de saúde

Luis Fernando Fernandes, diretor da Faculdade de Medicina da UFBA(FMB), destacou as atividades de extensão desenvolvidas pela faculdade.  Segundo ele, mais da metade do curso de medicina realiza-se em atividades práticas e de atendimento à população. Além dos campos de práticas, Hupes e Maternidade Climério de Oliveira (MCO), que são considerados atividades didáticas, a FMB realiza atividades de extensão, como o Ambulatório Maternal Infantil, que funciona de forma contínua, mesmo sem aulas vigentes,  Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas (CETAD),  Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti (Ard-FC), que atua na capacitação e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD). 

Marcel Lautenschlager Arriaga, diretor da Faculdade de Odontologia, também enfatizou o atendimento odontológico oferecido pela universidade, que atende em média 600 pacientes por dia. Ele também trouxe como questão a ser discutido no Plano Diretório de Desenvolvimento da UFBA, a necessidade de formular a mudança do prédio da Faculdade de Odontologia, que não tem estruturas necessárias para o atendimento e aulas. “O prédio é, ao mesmo tempo, um serviço e aulas didáticas e não temos uma clínica de atendimento, o que dificulta”, concluiu. 

Carlos Humberto, diretor do Hospital de Medicina Veterinária, também discutiu sobre o funcionamento da unidade e o tratamento de animais para a comunidade externa. Ele explicou que o serviço é disponibilizado para animais de pequeno, médio e grande porte por meio de atividade de ensino e assistência. 

Fábio Velame da SUMAI, que propôs o debate, finalizou a discussão explicando as dificuldades enfrentadas pela UFBA, devido à conjuntura política atual, com cortes orçamentários que dificultam atender à demanda de obras necessárias para melhorias na UFBA, assim como para atender melhor à sociedade. Velame ressaltou também a discussão do Plano Diretório de Desenvolvimento da UFBA (PDDU) e o planejamento sistêmico da universidade em termo de seu espaço físico, de forma que trace uma materialização das políticas em construção no âmbito da graduação, pós-gradações, pesquisa, extensão e assistência estudantis.  

O pró-reitor de Planejamento e Orçamento Eduardo Mota, reforçou a importância do Fórum PDDU estar juntos discutindo com os dirigentes da área da saúde para que se possa dar suas encaminhamentos de suas necessidades e resolução das questões, tanto relacionadas aos oferecidos na extensão, como para o ensino e pesquisa.