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Vantagens e percalços da adoção do SISU são analisados em Seminário

Participantes conheceram as experiências da UFAL e UFC

 

 

Com a presença de representantes da Universidade Federal de Alagoas-UFAL e da Universidade Federal do Ceará-UFC, membros da comunidade acadêmica da UFBA, mais uma vez, analisaram as possibilidades e alternativas para adotar o Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (SISU) como forma de ingresso aos seus cursos de graduação,  durante o Seminário “A participação das IFES no SISU – Experiências e viabilidades”, realizado no último dia 29/05.  De acordo com a Reitora da UFBA, Dora Leal Rosa, ao analisar o fato de que “das 59 instituições de Ensino Superior existentes no Brasil, 34 delas já aderiram ao SISU, é preciso descobrir qual caminho a UFBA deve seguir: se adotar o SISU em sua totalidade de vagas ou usar o ENEM para seleção em alguns cursos, mantendo as provas de habilidade”. 

Os participantes do encontro foram colocados diante das vantagens e percalços da adoção do sistema, a partir da experiência de duas universidades nordestinas – a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que aderiu ao SISU em 2012, na integralidade de suas 5.128 vagas e a Universidade Federal do Ceará (UFC), cujo ingresso para suas 6.300 vagas passou a ser exclusivamente pelo SISU em 2011.  Ambas as universidades testemunharam a elevação da concorrência em todos os seus cursos, um incremento na quantidade de candidatos de escolas públicas, além de um maior período de tempo para o preenchimento das vagas, após a divulgação da lista unificada.

Segundo o pró-reitor de graduação da UFAL, professor Amauri da Silva Barros, ao tomar o SISU como forma de ingresso, a institução enfrentou resistência da sociedade local, mas observou que houve uma melhoria no acesso ao ensino superior, pois ao usar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como avaliação, há uma padronização do currículo do Ensino Médio, em todo o país.  Já a experiência da UFC, contada pelo representante da pró-reitoria de graduação, professor Miguel Frankling de Castro, fez conjecturas – como: “as vagas dos cearenses serão invadidas por alunos de fora” e “não ter provas específicas permitirá a entrada de alunos ruins” – caírem por terra. O professor apresentou dados que mostraram a elevação do nível, devido à alta concorrência, maior participação de estudantes de escolas públicas e cotistas.

Problemas logísticos e busca de solução para o aumento da evasão dos matriculados diante da “dança das cadeiras” (mobilidade dos candidatos entre a primeira e segunda opção de cursos) e a necessidade de adequar o calendário institucional ao rígido cronograma do MEC, foram dificuldades que precisaram ser ajustadas para estar em harmonia com o sistema.  O professor Miguel da UFC destacou que foi necessário realizar a matrícula em duas fases: uma pré-matricula somente com a entrega de documentos e a confirmação presencial na primeira semana de aula.   E para superar a taxa de ocupação das vagas que ficou em apenas 51%, o professor Amauri da UFAL informou que foi preciso lançar váriso editais para diplomados.

Diante dos fatos apresentados, os participantes chegaram à conclusão que é preciso realizar várias discussões junto ao MEC, a fim de realizar uma mudança metodológica no SISU com o objetivo de impulsionar a adesão pelas IFES.  Quanto à adoção do SISU pela UFBA, as discussões prosseguirão daqui por diante, usando pontos das experiências apresentadas como subsídios para nortear a decisão.