A UFBA realizará, na próxima sexta-feira (20/12) a aula inaugural de cursos voltados para a continuidade da formação educacional dos colaboradores terceirizados. Esses cursos, que contam com o apoio do Sesi, são um incentivo para o crescimento desses profissionais. “São ações que visam o resgate da cidadania, da autoestima, do orgulho”, classifica o Pró-reitor de Administração, Wagner Miranda Gomes. São também medidas que reconhecem a importância desses trabalhadores, que integram – vários há muitos anos – a comunidade universitária.
Já está previsto o início de duas turmas de adultos jovens, cada uma com 50 alunos, entre profissionais que trabalham em empresas terceirizadas da instituição, como Limpeza e Portaria. Uma turma é para aqueles que pretendem concluir o ensino Fundamental e outra para cursar o ensino Médio. O corpo técnico será do Sesi e o espaço, salas e laboratórios, ficam à cargo da universidade. A média de idade dos alunos é de 50 anos.
Esse programa, assim como as novas contratações, atendem a política da universidade em buscar meios para a inserção de pessoas que, por algum motivo, diversidade de gênero, trabalho escravo, baixa escolaridade, morador de rua, violência doméstica, pertençam a grupos de vulneráveis. A ideia é inverter essa realidade. Duas mulheres trans e dois homens trans já estão integrando as equipes de segurança patrimonial da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pela MAP, empresa que presta serviço terceirizado à instituição.
“Em parceria com outras instituições, como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sesi, estamos criando mecanismos que possam resgatar estas pessoas, fornecendo qualificação e integrando às empresas terceirizadas da UFBA”, explica Wagner, ao relatar a experiência com duas pessoas resgatadas no Rio Grande do Sul, vítimas de trabalho escravo, um caso que causou comoção. “A experiência com o MPT nos inspirou a ir além”, disse.