A mesa "Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação da UFBA" - que fez parte do Fórum PDTI (Plano Diretor de Tecnologia da Informação), realizado no Congresso da UFBA - abordou o processo de revisão a que foi submetido o atual PDTI da UFBA (2014-2017), levando em consideração não apenas a coleta fria de números e relatórios, mas também diversos aspectos pontuados sobre a TI em consulta à comunidade e as visitas às unidades feitas pela equipe da Administração Central, no início da atual gestão. Participaram da mesa a assessora para Assuntos de Tecnologia da Informação da UFBA, Fabíola Greve, o superintendente de TI da UFBA, Luiz Cláudio Mendonça, e a diretora do CPD da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jussara Musse.
"O diagnóstico que encontramos no início da gestão expressava um anseio quantitativo da comunidade universitária: infraestrutura de rede, compras de equipamentos, softwares. A comunidade não tinha sido instada a refletir sobre ‘o que é TI’ e ‘como ela pode ajudar’ a solucionar problemas e melhorar processos acadêmicos e de gestão. Nas visitas realizadas às Unidades, pudemos perceber que não era só isso", explicou Fabíola. A comunidade apresentou problemas concretos que nos levaram a identificar importantes demandas, como "modernização e integração dos sistemas de informação", "maior aderência da TI aos objetivos das atividades fins: pesquisa, ensino, extensão", "simplificação dos processos institucionais", "melhoria da comunicação institucional", além de "uso de tecnologias de informação e comunicação em escopos diversos".
Essas questões estão sendo contempladas no novo plano de metas estratégicas para a TI, que Fabíola detalhou parcialmente e que compõem o PDTI atual. Entre as principais metas do plano estão o programa institucional UFBA SIM (acrônimo para Sistemas Integrados e Modernos), que visa a implantação de novos sistemas de informação gerenciais, com integração de processos acadêmicos (ensino, pesquisa, extensão) e administrativos (recursos humanos, administração, contratos, patrimônio); a melhoria dos portais institucionais, incluindo a criação de um portal da gestão; a adoção pela comunidade de cartões de identificação digitais para melhoria de acesso a serviços e gestão eficiente de uso dos recursos; a implementação de novas tecnologias, como a oferta de um serviço de armazenamento em "nuvem" para a comunidade UFBA, a implantação da Eduroam (education roaming) - permitindo acesso universal à rede sem fio na UFBA e diversos países, além da CAFe (Comunidade Acadêmica Federada) - permitindo acesso com identificador único a diversos serviços, dentre eles, o portal de periódicos da CAPES.
Definindo TI como “atividade meio”, voltada a produzir soluções para áreas as mais diversas, o superintendente de TI da UFBA, Luiz Cláudio Mendonça apresentou os desafios da produção do atual PDTI diante das limitações impostas por marcos regulatórios e da diversidade de prioridades e demandas de cada setor da gestão acadêmica.
A diretora do CPD da UFRGS, Jussara Musse, apresentou em detalhes o processo de construção coletiva do PDTI da sua universidade (2011-2016), deixando à UFBA sugestões valiosas, como a formação de grupos de trabalho com membros ligados às diferentes unidades, além do convencimento de docentes e técnicos com conhecimentos correlatos à área de TI no sentido de abraçarem o PDTI enquanto discussão e construção coletiva, de maneira eficaz.
Os resultados do Fórum vão influenciar no avanço para um novo PDTI, a ser gestado de forma a aderir as diretrizes elencadas no novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para a UFBA, e cujos insumos também serão trazidos das idéias e resultados do Congresso.