O número de municípios que decretaram situação de emergência por conta da seca que atinge o Nordeste não para de crescer e já é o maior dos últimos cinco anos. Na Bahia, a situação é ainda mais grave, a estiagem é considerada a mais severa das últimas três décadas. Pensando nisso, as universidades públicas baianas - UFBA, UNEB, UEFS, UFRB e Univasf - e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) se uniram, pela primeira vez, para refletir sobre ações de intervenção do poder público no semiárido brasileiro para o combate à seca. Sob essa bandeira foi concebido o I Simpósio Nacional Repensando os Sertões Semiáridos do Brasil, que acontece entre os dias 23 e 27 de abril, nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Cruz das Almas, Juazeiro e Petrolina. A ação, que traz o lema “Sertões semiáridos sem miséria”, é voltada para pesquisadores, gestores públicos, professores, estudantes e profissionais interessados no tema.
Para a solenidade de abertura do simpósio, a se realizar no Salão Nobre da Reitoria da UFBA às 14h do dia 23, estão convidados a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, e os governadores Jaques Wagner (BA) e Eduardo Campos (PE), além dos dirigentes da Sudene, Embrapa, Codevasf, DNOCS, Chesf, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Entre os destaques da programação do seminário estão as conferências “O planejamento regional com foco nos sertões semiáridos do Brasil” – a ser realizada dia 24, às 19h30, no Teatro UNEB, em Salvador –, que será ministrada pelo economista José Otamar Carvalho; e “Os sertões semiáridos do Brasil nos cenários da integração nacional” – que acontece dia 27, às 20h, na Univasf, em Petrolina, e será apresentada pelo ministro da Integração Nacional (MI), Fernando Bezerra.
A cerimônia de encerramento do simpósio contará com a presença dos reitores das instituições correalizadoras, que vão assinar uma Carta Compromisso defendendo ações para a erradicação da pobreza e para o desenvolvimento sustentável da região sertaneja. A ação busca contribuir para o desenvolvimento sustentável da região sertaneja, a partir das potencialidades locais, tais como o turismo histórico, a agricultura irrigada e de sequeiro, a pesca e a piscicultura, a educação para a convivência com o semiárido e as manifestações culturais. Mais informações no site www.uneb.br.