A Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (EMUS) vai desenvolver estudos sobre técnica e literatura vocal através de master-classes, palestras e concertos durante a Semana Internacional de Canto, que culmina com uma apresentação ao público da performance do oratório cristológico Messias, de G. F. Händel, como concerto de Natal e encerramento da temporada 2011 da Orquestra Sinfônica e Madrigal da UFBA. O evento contará com a presença de professores convidados, com experiência nacional e internacional, a exemplo de Marília Vargas (soprano), Clara Figueirôa (mezzo-soprano), Vladimir Silva (tenor) e Ângelo Dias (barítono), que ministrarão as master-classes, farão palestras e serão os solistas do concerto.
Segundo o professor e maestro da UFBA José Maurício Brandão, as master-classes e palestras terão o canto e a regência coral como focos principais e serão voltados para os alunos dos cursos da EMUS, mas abertos a toda a comunidade. As atividades são gratuitas e acontecerão na Escola de Música da UFBA (Campus do Canela), nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, no turno vespertino. Os interessados devem efetuar inscrição na secretaria da Escola. Os ensaios para os concertos também serão abertos ao público e serão realizados no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, das 7h30 às 10h. Os concertos, também com entrada franca, vão acontecer na Catedral Basílica de Salvador, no Terreiro de Jesus, nos dias 15 e 16 de dezembro, às 19h.
Será apresentado o Oratório Messias, de Händel, composto em 1741. É sua mais famosa criação e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. É composta por 51 movimentos, agrupados em três grandes seções: a primeira, sobre o tema da Natividade, geralmente executado no tempo do Advento, período preparatório para as festas do Natal; a segunda, sobre o tema da Paixão, que culmina no famoso côro Hallelujah; e a terceira, sobre o tema da Redenção, geralmente executada no tempo da Páscoa. O libreto, texto adaptado para ser musicado, de autoria de Charles Jennens, é baseado nas Sagradas Escrituras e narra a vida de Jesus Cristo desde sua anunciação profética, nascimento, vida, morte e ascensão ao céu, explica Brandão.
Juntamente com o maestro José Maurício Brandão, o público vai poder conferir o Madrigal da UFBA, grupo vocal profissional, fundado em 1954 pelo maestro H. J. Koellreuter e considerado um dos melhores grupos do gênero do Brasil. O grupo constitui um importante núcleo de extensão, veículo de comunicação cultural entre a Universidade e a comunidade. Desde sua fundação, tem realizado inúmeros concertos, participando das montagens de grandes obras do repertório erudito mundial. Além da rotina de concertos, o Madrigal atende aos alunos dos cursos de Composição, executando suas peças, de Regência e Canto, possibilitando-lhes aprimoramento e prática musical indispensáveis à formação do músico, relembra o maestro. A Orquestra Sinfônica da UFBA (Osufba), fundada em 1954 e que serve como laboratório de aperfeiçoamento para os alunos, também faz parte do evento. A Osufba foi, durante muito tempo, o único veículo baiano de divulgação da música clássica no Estado, servindo de elo importante entre a Universidade e a comunidade. A série anual de apresentações da Osufba ocupa um espaço inexorável de qualidades artísticas e deve ser vista também como um relevante meio de divulgação da Universidade, não só para a comunidade baiana, mas também para outros estados, além de acompanhar músicos de renome internacional que ministram cursos na EMUS, ressalta seu regente, o maestro José Mauricio Brandão.