Membros do Instituto Roerich da Paz e da Cultura do Brasil compartilham impressões do Projeto de Intercâmbio Cultural “Brasil: muitas raízes, um legado de paz” em palestra nesta segunda-feira (dia 5 de dezembro), às 17h, na Sala de Videoconferência do PAF 3 (Campus de Ondina). Selecionado no edital do Ministério da Cultura (Minc), o projeto inclui ações como o show “Capoeira chorada”, que em outubro levou um patchwork de autênticas manifestações culturais brasileiras a cidades do norte da Índia, no Himalaia. Pela primeira vez, a cultura brasileira chegou àquela região de natureza exuberante e inúmeros templos religiosos, onde o gosto pela dança, música e gastronomia constituem um traço marcante de seu povo. Promovida pelo Instituto Roerich em parceria com o Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos da UFBA, a palestra “Brasil: muitas raízes, um legado de paz - o Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil e sua experiência de união cultural no Himalaia" tem entrada franca.
A turnê partiu de Naggar, no Vale do Kullu, onde o artista, arqueólogo e filósofo humanista Nicholas Roerich (1874-1947) viveu seus últimos 20 anos, desenvolvendo projetos artísticos, humanitários e científicos. De lá passou pelas cidades de Barmana, Darlaghat e foi encerrada em Shimla, capital da Índia, na época da dominação britânica. O espetáculo "Capoeira chorada" foi visto ainda por cerca de dez mil pessoas, no Festival de Dusshera, um dos mais importantes do calendário cultural indiano. Diálogo do chorinho com a capoeira Angola, o ijexá, maculelê e samba de roda, o show reuniu os músicos Lula Gazineu (violão e voz) e Luiz de Codes (flauta), integrantes do Madrigal da UFBA, e Átila Coutinho (percussão), estudante da Escola de Música da UFBA; o mestre de capoeira Walter Santa Rosa e seu aluno, Glauber Santos, aluno do Bacharelado Interdisciplinar (UFBA); além da coreógrafa e bailarina Isabela Saffe.
Com sede em Salvador, o Instituto Roerich da Paz e da Cultura do Brasil vem desenvolvendo ações para a cultura de paz desde 1999 e há três anos frequenta as celebrações pelo aniversário de nascimento de Nicholas Roerich, a convite do International Roerich Memorial Trust, entidade promotora do evento, com sede em Naggar, onde se mantém parte importante do legado de Roerich. Este ano a participação do Instituto Roerich do Brasil extrapolou ao evento. Além do show “Capoeira chorada” o projeto também realizou uma Oficina de Capoeira Angola com crianças e adolescentes do Vale do Kullu.