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Aceita! Projeto de extensão construirá políticas de proteção à diversidade sexual e de gênero na UFBA

Perfomance durante lançamento do programa
 
Lançado no dia seguinte ao término do Congresso UFBA 2017, o projeto de extensão “Aceita!”, que nasceu a partir de uma proposta da pró-reitora Cássia Lopes da PROAE e do vice-reitor Paulo Miguez, foi criado com o propósito de atender à necessidade da universidade de desenvolver políticas de acolhimento, permanência e protocolos de ação, de modo a garantir a diversidade sexual e de gênero na UFBA.
 
Para o professor do IHAC, e coordenador do projeto, Leandro Colling “este é um passo importantíssimo da universidade, levando em conta o momento político e de retrocessos que o país vive. Mesmo com todas as dificuldades que as universidades públicas vêm enfrentando nos últimos anos, apoiar projetos que avancem no sentido de acolhimento destas pessoas, colabora não somente para a permanência delas na universidade, mas também com a construção de um ambiente de maior respeito à diversidade no convívio do espaço público”, declarou Leandro. Ele lembra que, logo após os perfis do projeto entrarem nas redes sociais, já sofreram diversos ataques. “Receber o apoio da instituição nesse momento de polarização e extremismos dá mais força na luta contra o ódio e o preconceito”.
 
Inicialmente a equipe do projeto irá ouvir os principais afetados com a discriminação dentro da UFBA, a fim de dimensionar a variedade dos problemas enfrentados pelo preconceito. “Está primeira etapa será fundamental na construção de políticas de proteção e permanência, que deverá ser feita com toda a comunidade acadêmica. Por isso contamos com o envolvimento de todxs.” – falou o professor Colling.
 
Um formulário sucinto, embora amplo, está disponível no site oficial do projeto (www.aceita.ufba.br). Docentes, discentes, técnicos-administrativxs e tercerizadxs já podem acessar o site e preenche-lo. Nas próximas semanas serão realizadas entrevistas presenciais, a fim de mapear as reais necessidades e as sugestões de como implementá-las. Serão desenvolvidos também protocolos de ação para que a UFBA possa agir da melhor maneira em cada caso, como já acontece em universidades dos Estados Unidos, Europa e América Latina.
 
O “Aceita!” não se esgota na construção de políticas e protocolos de ação. Também é objetivo do projeto apoiar campanhas de conscientização como, por exemplo, para o uso dos banheiros conforme a auto-identidade do usuário. Colling ressalta que: “É sempre muito importante a UFBA abrir esse tipo de debate pois, por sua relevância, seguramente sairá dos muros da universidade e será discutido em outras esferas”.
 
O projeto foi lançado no dia 19 de outubro com um evento na Praça das Artes em Ondina, a praça mais democrática da universidade. O palco montado ao lado da biblioteca Reitor Macedo Costa, contou com apresentações e performances artísticas da banda Transbatukada, composta por pessoas trans, de Rosa Morena, Amanda Moreno, Petra Perón, Rozin Daltro, Loren Tava, Kaysha Kutner, Cia Versátil, Ah Teodoro e Yuri Tripodi. A festa foi comandada pela drag Malayka SN, que se encarregou de colorir ainda mais o fim de tarde na Praça da Artes e espantar o preconceito e a intolerância.
 
Além disso, a Defensoria Pública da Bahia montou um estande no local e realizou um mutirão para retificação de nome e sexo nos documentos de travestis e transexuais.
 
Desenvolvido, submetido e aprovado no edital SANKOFA, da PROAE, responsável por fomentar políticas para o respeito à diversidade sexual e de gênero, o “Aceita!” foi contemplando com 9 bolsas. O grupo é coordenado pelo professor Leandro Colling (IHAC) e pelas professoras Graciela Natansohn (Facom) e Maíra Kubik (NEIM).
 
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