Estão abertas as inscrições para a segunda turma de Pós-Graduação em Engenharia Clínica da UFBA. O curso é uma parceria do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos/UFBA (Hospital das Clínicas) com a Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA e a Escola Politécnica. O objetivo do curso é atender à demanda de profissionais como engenheiros, físicos, arquitetos, químicos, tecnólogos e administradores que se interessam no gerenciamento, gestão e avaliações tecnológicas em saúde para hospitais, agências do governo, empresas fornecedoras e fabricantes de equipamentos. As aulas serão realizadas entre agosto de 2011 e dezembro de 2012 e os interessados devem se inscrever no site da Fapex (www.fapex.org.br/mof); no Serviço de Desenvolvimento de Pessoas (SDP) do Complexo Hupes; pelo e-mail rhcomplexohupes@gmail.com; ou através do telefone 3283-8203.
Com o crescente avanço tecnológico, os altos níveis de competitividade do mercado e os altos custos inerentes as instituições de saúde, fazem-se necessário a participação de profissionais com formação nas áreas de ciências humanas, exatas e médicas com habilitação para avaliar e gerenciar as tecnologias utilizadas nos estabelecimentos assistenciais de saúde. A falta de planejamento, o sucateamento e o abandono que marcaram as décadas anteriores começam a ser rompidos e exigem dos gestores hospitalares não apenas a revisão de conceitos, mas também uma assessoria permanente destes profissionais, conhecidos como Engenheiros Clínicos. Este cenário torna fundamental para os hospitais discutir e readequar seu modelo assistencial às novas regras de credenciamento e remuneração, buscando melhorar sua capacidade de resolução em áreas especifica e coerentes com seu porte e disponibilidade de recursos materiais e humanos.
De acordo com o Ministério da Saúde, em países como o Brasil, a contribuição dos engenheiros clínicos é ainda mais significativa, pois, além de proporcionarem economia de expressivos recursos financeiros, que seriam gastos na manutenção não planejada e programada destes equipamentos, orientam a aquisição das tecnologias externas mais apropriadas ao quadro nosológico das diversas regiões do país.
Segundo Édson Palhares, engenheiro clínico do Complexo Hupes e coordenador do curso, há uma carência expressiva de recursos humanos habilitados em engenharia clínica no Brasil. No Brasil, aproximadamente 3% dos estabelecimentos assistenciais de saúde possuem este profissional e existe uma carência de mais de 1500 engenheiros clínicos em todo país. Édson Palhares afirma, ainda, que esta é uma atividade promissora, de extrema relevância para as unidades de saúde. “Este curso habilita profissionais para melhor atender às exigências da incorporação de tecnologias apropriadas aos serviços de assistência à saúde”, afirma Édson.
Robson Araújo, formado em engenharia de produção e um dos alunos da primeira turma, conseguiu entrar no mercado de trabalho antes mesmo de concluir o curso. “A oportunidade que tive em me especializar nesta área tão promissora, já me rendeu bons frutos”. Robson ressalta, ainda, que o curso consegue proporcionar tanto conhecimentos na área de gestão, quanto de equipamentos.