O Conselho Nacional de Educação aprovou ontem (dia 06 de julho) por unanimidade documento de orientação definindo o conceito de "Bacharelados Interdisciplinares e Similares", elaborado por um GT da SESu/MEC em novembro de 2010. Agora, os 26 cursos abertos pioneiramente em 13 universidades públicas (UFABC, UFBA, UNICAMP, UNESP, UFJF, UFRN, UFSJ, UFSC, UFRB e outras) estão formalmente reconhecidos. O mais importante é o acolhimento do Regime de Ciclos, reintroduzindo no cenário da educação superior brasileira a ideia de formação geral prévia à formação profissional ou acadêmica específica. USP, UDF, UnB e UFMG experimentaram essa estrutura no passado, porém governos ditatoriais reprimiram brutalmente os respectivos modelos pedagógicos por serem críticos e inovadores. Isso fez com que o Brasil continuasse sendo o único país industrializado onde ainda predomina o regime de formação linear baseado em faculdades, implantado na Reforma Bonaparte, no início do século XIX. Um dos primeiros entusiastas do modelo, o ex-reitor Naomar de Almeida Filho declarou: Por essas (CNE aprova BIs) e outras (com a adesão da UFRJ, maioria de vagas em federais pelo ENEM/SISU; Ações Afirmativas em 2/3 das IFES) parece que a universidade brasileira finalmente avança, as coisas começam a mudar...