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Programa de Enriquecimento Florístico floresce na UFBA

Além da ornamentação, saúde e preservação

Um simples olhar ao longo das áreas verdes da Universidade mostra que o Programa de Enriquecimento Florístico da UFBA começa a florescer.  Somente neste ano de 2016, já foram plantadas 150 novas mudas de diversas espécies frutíferas e ornamentais e também houve a recuperação de jardins, canteiros e áreas de vegetação, em várias unidades, com o objetivo de tornar a convivência mais agradável e adequada à comunidade universitária, informou o coordenador de Meio Ambiente da Superintendência de Infraestrura e Meio Ambiente (CMA-SUMAI/UFBA), professor José Antonio Lobo.

A ação mais recente em prol do enriquecimento da flora dos campi aconteceu no último dia 21/09, marcando a chegada da primavera, com a realização de um mutirão de plantio de mudas de árvores de médio porte, nas áreas próximas à Faculdade de Comunicação, no campus de Ondina. Na ocasião, representantes de vários segmentos da comunidade universitária participaram do ato que plantou espécies do bioma da Mata Atlântica como Pau brasil, Pau Ferro e Ipês de diversas cores, além de árvores frutíferas, voltadas aos humanos, como cajueiros, araçazeiros, jambeiros, umbuzeiros, ingazeiros, jenipapeiros e pitangueiras e outras que servem de alimento para a fauna local, como pimenteira e aroeirinha, informou o coordenador de meio ambiente.

Além da adição de novas plantas, é realizado um trabalho constante de manutenção, limpeza e cuidado com as áreas verdes na Universidade.  Dentre as intervenções realizadas, estão os jardins das Escolas de Enfermagem, de Belas Artes e a lateral da Biblioteca Universitária de Saúde, no campus Canela; as áreas externas da Faculdade de Arquitetura, na Federação e do Instituto de Biologia, Faculdade de Farmácia e canteiros do Restaurante Universitário e da SUMAI, no campus de Ondina.  No momento, obras de requalificação estão em andamento nas áreas verdes do Hospital de Medicina Veterinária, da Faculdade de Veterinária e no portal da “matinha”, nas proximidades da Escola de Dança, enumerou o responsável pelos projetos paisagismo, o arquiteto da SUMAI, Yuri Marques.

 

Novo mutirão e doações

De acordo com o professor Lobo, até o final deste ano, serão plantadas mais 50 novas mudas e assim que as plantas solicitadas chegarem na UFBA, será marcada a data para a realização de mais um mutirão de plantio.  Ele ressalta que a meta da CMA é adicionar 200 novas árvores a cada ano, a fim de obter um saldo de positivo de 180 novas plantas, já que uma média de 20 delas são desarraigadas, devido a pestes que as atacam ao longo do tempo. 

O programa de enriquecimento florístico também recebe doação de mudas de membros da comunidade acadêmica e da sociedade. “Os interessados até poderão plantá-las”, diz o professor Lobo, “desde que sigam orientações da Coordenação de Meio Ambiente da UFBA, pois o processo de aquisição e plantio das novas mudas é definido levando em conta o porte da planta e o local destinado a ela”, explicou o professor destacando que “em áreas de maior concentração humana, só podemos plantar espécies arbustivas de pequeno porte, pois são propícias ao espaço de convivência com as pessoas”.   

Todo o processo de aquisição de novas mudas, manutenção e limpeza de áreas externas, poda, roçagem e jardinagem é viabilizado pela CMA, mediante contrato de prestação de serviços, mantido com a empresa Palmácea.

 

Reflexos na saúde humana e preservação da fauna

Além do embelezamento promovido pelo colorido das flores e diversidade das plantas ornamentais, as ações em prol do meio ambiente já refletem positivamente na saúde da comunidade universitária e preservação da fauna.  Com a realização  de mutirões mensais de limpeza e combate à dengue, nos campi, o risco de transmissão de várias doenças e o índice de infestação por aedes aegypti diminuíram. "A maior conquista está no campus de Ondina, que já foi uma das áreas de maior infestação do mosquito, em Salvador, segundo o órgão municipal de zoonoses. Atualmente, o nível de infestação do aedes no campus de Ondina, é de 0,8%, enquanto o da cidade é de 1,9%, comparou Lobo.

Outro destaque foi a instalação, no final do último mês de abril, de duas pontes de fauna, possibilitando a passagem de animais de pequeno porte por cima das pistas de rolamento dos veículos, sem precisar descer ao solo para atravessar e correr risco de serem atropelados. De acordo com o professor, neste período não houve nenhum registro de atropelo de animais, que aconteciam frequentemente e, muitas vezes, com a morte de famílias inteiras de bichinhos.  Ele também anunciou que no mês de novembro, será instalada a primeira ponte de fauna, do campus de São Lázaro.