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Prisão em quartel é destaque na Comissão da Verdade da UFBA

Depoimentos da segunda oitiva relatam detenções

 

 

“Dois homens e uma guarnição”. Se a sentença parece nome de filme, ou de livro, o quartel é de verdade, e trata-se do 19º Batalhão de Caçadores - o ‘19-BC’. Os homens em questão, José Afonso Maia e Sérgio Gaudenzi, à época membros da comunidade estudantil da Universidade Federal da Bahia (UFBA). No ano de 1964, após o golpe civil-militar, eles ficaram presos na mesma guarnição. O primeiro relatou ter apanhado muito dos militares. Já o segundo afirmou não ter sofrido qualquer violência física. Esses fatos foram revelados na segunda oitiva da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade da UFBA, ocorrida em 11 de fevereiro no auditório da Faculdade de Comunicação (Facom). Professor e membro do comitê universitário, João Augusto de Lima Rocha foi o responsável por conduzir a sessão. Roberto Argollo é um dos nomes já confirmados para a próxima audiência interna, que acontece no dia 18 de fevereiro. As sessões são abertas ao público, no mesmo espaço da Facom, às 14h.

A Comissão Milton Santos de Memória e Verdade tem como tarefa reconstituir a vida da Universidade Federal durante o período de 1964 a 1988, com o objetivo de trazer para o presente este capítulo da história da Instituição, do período que vai da deflagração do golpe militar à promulgação do texto vigente da Constituição Brasileira. Além do professor João Augusto de Lima Rocha, constituem o organismo universitário os professores Emiliano José, Ilka Bichara, Iracy Picanço, Olival Freire Júnior e Othon Jambeiro, que a preside. Como estudantes, Jéssica Santos e Leandro Coutinho, além do técnico-administrativo Umberto Bastos.

Com informações da Agenda Arte e Cultura da UFBA – Vanice da Mata