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Mesa da Assufba discute impactos da reforma da previdência

Evento contou com presença de organizações sindicais

 

Os impactos da reforma da Previdência no serviço público e na educação foi o tema da mesa que aconteceu nesta quarta-feira (14/03), durante o Fórum Social Mundial 2018, na Sede do sindicato dos trabalhadores técnico-administrativos da UFBA (Assufba).

 As consequências da proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo Temer ao Congresso Nacional conhecida como PEC 287, foram discutidas por Rolando Rubens, representante da Fasubra, Pascoal Carneiro, representante da CTB estadual, Renato Jorge, mediador e representante da Assufba, e a deputada federal Alice Portugal, entre outros.

A deputada Alice Portugal falou sobre a importância da união para a continuidade das ações de combate à reforma “Eles vão insistir em defesa dos interesses deles, é por isso que nós temos que nos unir e seguir na luta, ir para rua pelos nossos direitos. Qualquer divisão entre nós trabalhadores favorece o desmonte, a oposição.”

Durante a mesa, os palestrantes reafirmaram a ideia que a resistência contra a reforma deve continuar, pois a proposta foi arquivada, o que significa que pode ser votada novamente a qualquer momento "A nossa ideia é continuar na trincheira de luta, nós não podemos esquecer que não vencemos a batalha da reforma da Previdência, essa batalha foi adiada e vai se definir no processo eleitoral, a depender do rumo das eleições nacionais.” ressaltou Renato Jorge Pinto, coordenador da Assufba.

A reforma da previdência traz mudanças também no tempo de contribuição mínima dos servidores públicos, que passa a ser de 25 anos. Além de mudar a idade mínima para aposentadoria, esta será de 62 anos para mulheres e 65 para homens, aponta Rolando Rubens, representante da FASUBRA.

“A PEC287 é praticamente o fim da aposentadoria por idade, um corte nesse tipo de aposentadoria. A idade mínima para uma mulher se aposentar é de 62 anos, para homens 65. Eles esquecem que muitas mulheres têm dupla jornada para suprir as necessidades, já que a maioria dos homens ganha mais e não tem afazeres domésticos”, acrescentou.

Para Pascoal Carneiro, presidente da CTB Bahia, questões como o chamado rombo na Previdência e as novas regras foram pensadas para justificar a reforma e atender aos interesses do atual governo. “O presidente alega que a reforma é para acabar com privilégios dos servidores públicos e eu pergunto sempre nos meus debates: quais são os privilégios que os trabalhadores e trabalhadoras tem no Brasil? esta reforma é para manter as vantagens daqueles que fraudaram a previdência e se aposentaram com um valor muito alto, os verdadeiros privilegiados, como é caso de Michel Temer.”