No próximo dia 17/03, a Faculdade de Arquitetura (FAUFBA) vai sediar o debate com o tema “Direito à moradia e especulação imobiliária”, que terá a presença de Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente de Resistência Urbana. O evento acontecerá às 18:20 horas, no auditório 1 da Faculdade.
A evento faz parte do ciclo de debates promovido pelo Escritório Público de Engenharia e Arquitetura Bákó, um grupo formado majoritariamente por alunos e alunas dos cursos de Engenharia e Arquitetura da UFBA, que busca refletir sobre os valores e responsabilidades da atuação profissional nessas áreas. Ao longo do mês de abril também serão realizados outros dois debates que terão como temas: “Mobilidade urbana e a negação do direito à cidade” e “Engenharia e métodos de desenvolvimento alternativo”
A atividade é gratuita e aberta à toda comunidade, com emissão de certificados para os participantes. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail: escritorio.bako@gmail.com e da página do grupo no facebook: http://on.fb.me/1YFVS5b.
Sobre o Escritório BáKó
"Bákó" vem de duas palavras derivadas do Iorubá: "Bá" e "Kó, juntando-se para significar "Ajudar a construir". O escritório propõe uma construção coletiva, onde os protagonistas e beneficiários do processo são famílias e comunidades de baixa renda. O grupo atua na defesa do direito à cidade e à moradia, atuando com a participação dos movimentos sociais de moradia e mobilidade urbana, com intuito de realizar o enfrentamento às condições materiais e às práticas que fortalecem a ocupação desigual e a negação do direito à cidade de Salvador e regiões circunvizinhas. Atua também na criação de estudos científicos aplicando e/ou desenvolvendo tecnologias alternativas, mais baratas que as técnicas construtivas com alvenaria, promovendo o acesso à residência popular de baixo custo e alta qualidade com propostas e modelos de mobilidade urbana, ocupação e uso do solo, planos diretores de urbanização, pautando a desmercantilização dos bens e serviços essenciais à moradia e ao direito pleno de uso da cidade.
O grupo desenvolve ainda um segundo eixo de atuação através do Núcleo de apoio tecnológico ao trabalhador e à economia solidária (NATTES), que possui como principal função a geração de trabalho e renda através de apoio para a formação, institucionalização e fortalecimento de empreendimentos tecnológicos autogestionados por comunidades ou grupos de maneira coletiva, associativa ou cooperativa. O público-alvo são pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ou social. Desse modo, o núcleo se propõe a ser uma incubadora de empreendimentos que pautem um desenvolvimento sustentável, local, através da coletivização dos meios de produção, da descentralização da oferta de trabalho e geração de renda dos grandes pólos tecnológicos e urbanos, além de propor um modelo de desenvolvimento alternativo ao de exploração e acumulação de riquezas, garantindo ao trabalhador todo e qualquer valor transmitido ao produto final do seu trabalho.