Início >> Ufba Em Pauta >> UFBA e Instituto Rômulo Almeida assinam termo de cooperação científica

UFBA e Instituto Rômulo Almeida assinam termo de cooperação científica

Objetivo é realizar estudos voltados ao desenvolvimento



A Reitora da Universidade Federal da Bahia, professora Dora Leal Rosa e o governador do Estado, Jaques Wagner, assinaram na manhã desta segunda-feira (18/08), termo de cooperação entre a UFBA e o Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE).  O estabelecimento do acordo se deu durante a solenidade em homenagem ao centenário de Rômulo Almeida e de apresentação do Concurso de MonografiaS RA +100 (Rômulo Almeida 100 Anos), cujo objetivo é estimular estudantes a pesquisar e elaborar trabalhos sobre o legado do economista baiano.

De acordo com a professora Dora Leal, a associação da UFBA ao IRAE vem com a expectativa de contribuir para o crescimento dos estudos interdisciplinares que ampliem o desenvolvimento regional e também nacional.  “Sem dúvida, perseguiremos os mesmos caminhos em busca do alto conhecimento, como fez o professor Rômulo Almeida ao circular e atuar por várias unidades acadêmicas da nossa universidade”.  O evento que integra as comemorações em torno dos 100 anos de Rômulo Almeida, foi realizado no Salão Nobre da Reitoria e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, a senadora Lídice da Mata e o secretário estadual da Cultura, professor Albino Rubim.   


O IRAE

O Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE) é uma associação civil de âmbito nacional, fundada em 1999 com sede em Salvador. Foi considerado instituição de utilidade pública estadual em 10/1/2006 (Lei 9.985/2006) e de utilidade pública municipal em 13/7/2007 (Lei 7.237/2007). O instituto tem como associados economistas, intelectuais, empresários, professores, estudantes e políticos.

O IRAE tem os objetivos de contribuir para o avanço do conhecimento sobre a realidade baiana, brasileira e mundial nos planos político, econômico, social, cultural, tecnológico, energético e ambiental. O instituto realiza atividades culturais, como seminários e palestras sobre temas atuais e de interesse social, além de divulgar informações sobre a vida e a obra do economista baiano Rômulo Almeida e de oferecer apoio a iniciativas institucionais e estudos acadêmicos que abordem temas afins ao legado de Rômulo Almeida.

 

O professor Rômulo Almeida

Rômulo Barretto Almeida (18/8/1914 – 23/11/1988) bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Bahia em 1933.  Atuou intensamente no movimento estudantil de sua época Rômulo também tornou-se um economista autodidata e mediante o aprofundamento dos seus estudos lecionou na Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA.

Foi assessor econômico do presidente Getúlio Vargas (1951-1954), criou, com sua equipe, instituições como a Petrobras e os planos que serviram de embrião para a Eletrobras e o Banco do Nordeste do Brasil, do qual foi o primeiro presidente. Participou da elaboração do Plano Nacional do Carvão, da redação do projeto de criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia e da criação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), entre outras ações.

Elegeu-se deputado federal em 1954, sendo, em seguida, secretário da Fazenda do estado (1955-1957). Nesse período, criou e presidiu a Comissão de Planejamento Econômico (CPE), constituída em maio de 1955.  No início dos anos 1960, Rômulo Almeida foi secretário-geral da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (1961-1962) e membro do Comitê dos Nove da Organização dos Estados Americanos (OEA) (1962-1967). Participou do processo de criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), cujo conselho deliberativo integrou em mais de uma ocasião. Também elaborou o projeto da Companhia de Energia Elétrica da Bahia (Coelba).

No período militar, liderou a Clan S.A. Consultoria e Planejamento, na elaboração de projetos para o desenvolvimento econômico da Bahia e do Nordeste. O Polo Petroquímico de Camaçari surgiu, em boa medida, de seu empenho pessoal nesse período. Nos anos 1970, firmou-se como crítico do regime militar e participou da redemocratização do país.  Em 1985, assumiu uma diretoria do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na qual permaneceu até a sua morte.