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Projeto inicia exibindo documentários sobre “doenças negligenciadas”

Apresentações começam às 17h em Medicina Veterinária

 

Tem início nesta quinta-feira (dia 14 junho) a “Série Doenças Negligenciadas” do projeto DOCSETOQUE. O termo "doença negligenciada" data da década de 70 e refere-se a doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários, como Doença de Chagas, Doença do Sono, Leishmanioses, Malária, Febre Amarela, Tuberculose, entre outros. Tais doenças tendem a ser endêmicas em populações de baixa renda, representando, portanto, um problema latente na África, Ásia e nas Américas. A adoção do adjetivo "negligenciada" tomou como base o fato de que tais enfermidades não despertam o interesse das grandes empresas farmacêuticas para a produção de medicamentos e vacinas. Além disso, a pesquisa neste setor não conta recursos suficientes, o que gera a escassez dos métodos de profilaxia disponíveis em todo o mundo.
No Brasil, as doenças negligenciadas também sofrem com uma disponibilidade de recursos muito aquém do necessário ao seu combate. Nesse sentido, é um desafio para a comunidade científica brasileira criar meios de se diagnosticar, tratar e superar tais doenças com os orçamentos destinados ao setor.
Visando prover subsídios para políticas governamentais relativas ao combate às doenças negligenciadas, a ABC criou, em 2009, um Grupo de Estudos sobre doenças infecto-contagiosas, coordenado pelo acadêmico Wanderley de Souza, que resultou, em 2010, na publicação Doenças Negligenciadas, mais um volume da série Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Nacional: Estudos Estratégicos, editada pela ABC. Nesta primeira sessão da série serão mostrados e debatidos com o público dois documentários que abordam as leishmanioses visceral e cutânea, zoonoses com elevada prevalência no Estado da Bahia.
As sessões começam às 17h, no auditório da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (Av. Ademar de Barros, 500, Campus de Ondina ), exibindo os documentários “Leishmaniose visceral – conhecer para controlar” (2010), 25 minutos, com direção de Eduardo Thielen - apresenta as ações de vigilância e prevenção da leishmaniose visceral por meio de depoimentos de médicos, médicos veterinários e de pacientes em tratamento. Com o objetivo de fortalecer a educação em saúde e divulgar para a população informações sobre a leishmaniose visceral, o documentário aborda diversos detalhes sobre a doença, tais como: etiologia, transmissão vetorial, hospedeiro, reservatórios, aspectos clínicos, tratamento e medidas de controle e prevenção; e “Leishmaniose no Paraná” (2004), 33minutos, direção de Raquel Rizzo, que trata da Leishmaniose cutânea: aborda a Leishmaniose Tegumentar Americana em seus aspectos epidemiológicos e clínicos, bem como descreve as ações de controle adotadas pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Paraná.

O projeto DOCSETOQUE cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão da UFBA, objetiva a criação de um espaço para reflexão crítica sobre temas relacionados à Saúde e Meio Ambiente. As sessões do DOCSETOQUE têm início com a exibição de um documentário, seguida de debate com a participação de convidados especialistas no tema abordado pelo documentário. O DOCSETOQUE é parte das iniciativas promovidas pelo Laboratório de Audiovisual em Saúde e Meio Ambiente da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA (LAVSAMB), o qual se dedica à pesquisa na área de comunicação em saúde e meio ambiente, à produção de documentários nessas áreas, bem como a estimular o interesse dos estudantes na utilização do audiovisual como ferramenta complementar para a reflexão e difusão do conhecimento científico.
A equipe do projeto conta com o Prof. Carlos Roberto Franke (coordenador), Aroldo José Borges Carneiro, Dinah Ribeiro Dantas Becerra, Ianei de Oliveira Carneiro, JairoTorres Magalhães Junior, Rafaela de Sousa Gonçalves, Rogério de Magalhães Cunha e Tiago Feitosa Mota.